Este projeto está a desenvolver um modelo de diagnóstico e tratamento para a lombalgia a ser implementado nos cuidados de saúde básicos do Sistema Nacional de Saúde. Este método prevê a divisão dos pacientes em três categorias consoante a gravidade da sua dor, adequando o tratamento a cada caso.
Rita Fernandes, docente na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal (ESS/IPS), está a desenvolver o projeto SPLIT em colaboração com o Agrupamento dos Centros de Saúde da Arrábida na região de Setúbal, com o intuito de estruturar e de organizar uma resposta aos utentes com lombalgia que recorrem a estes centros de saúde.
Coordenado por Rita Fernandes e Eduardo Cruz, o projeto SPLIT pretende desenvolver um método personalizado para melhor tratar a lombalgia e garantir uma melhor qualidade dos cuidados prestados aos pacientes com esta patologia.
O projeto SPLIT está dividido em três fases principais. A primeira fase teve como objetivo conhecer o que acontecia a um utente que entrasse no centro de saúde com lombalgia, que trajeto ele fazia dentro do centro de saúde e porque etapas ele passava.
A segunda fase teve como objetivo capacitar os profissionais de saúde, nomeadamente os médicos de medicina geral e familiar e os fisioterapeutas, para as diferentes abordagens de intervenção propostas por este modelo.
“Depois desta fase vamos então passar para a última fase do projeto, que é a fase em que vamos testar se efetivamente o modelo proposto pelo SPLIT realmente funciona e se este modelo se traduz numa melhoria daquilo que é a prevalência das dores de costas entre os portugueses”, acrescenta.
O modelo desenvolvido pelo projeto SPLIT baseia-se num método aplicado pelo sistema nacional de saúde britânico. A equipa de Rita Fernandes adaptou-o à realidade portuguesa e espera que a sua implementação reflita os resultados positivos alcançados no Reino Unido.
“Queremos saber se cada vez que uma pessoa recorre ao centro de saúde com uma dor de costas se a pessoa é melhor seguida e se os resultados clínicos obtidos são efetivamente melhores. Queremos também saber se isto representa uma melhoria em termos dos gastos e da relação custo benefício para o nosso próprio sistema nacional de saúde”, reitera.
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