robótica,
90 seg

Ep. 11 João Sequeira – Gasparzinho, o amigo robótico que brinca com as crianças do IPO de Lisboa

December 05, 2016

ep011_interiorA pediatria do Instituto Português de Oncologia de Lisboa acolhe, desde 2014, um pequeno robô social desenvolvido para interagir com crianças. Criado por uma equipa do Instituto Superior Técnico, chama-se Gasparzinho e é já visto como um membro da equipa de pediatria do IPO.​


João Sequeira, investigador do ISR – Instituto de Sistemas e Robótica do Instituto Superior Técnico, é o responsável pelo projecto MOnarCH (Multi-Robot Cognitive Systems Operating in Hospitals), um projecto cujo objectivo é desenvolver novos paradigmas para a interacção entre robôs e humanos em ambiente hospitalar.

Segundo o investigador, o Gasparzinho capta de imediato a atenção das crianças. “Temos reações de crianças que param e ficam a olhar, crianças que vão atrás do robô, crianças que pedem aos pais para ir ter com o robô. Elas vão tocar, falar com ele, mexer. Vão ver como ele se movimenta.”

O Gasparzinho é um robô completamente autónomo, com sensores que lhe permitem evitar obstáculos e, se  encontrar pessoas que conhece, interage com elas, através de um “bom dia” seguido pelo nome da pessoa. “O robô tem capacidade para se movimentar socialmente, semelhante a um ser humano normal, reconhece as pessoas que usam uma etiqueta que tem gravada informação, como o nome delas.”

O robô está ativo duas horas por dia, uma hora de manhã e outra à tarde, onde partilha o recreio com as crianças do IPO. “O Gasparzinho consegue jogar o jogo da apanhada no corredor do IPO, vai ter com uma criança e foge até ela o apanhar. Se não quiserem brincar com ele, o robô vai andando por ali durante uma hora e, quando finalmente vai descansar, emite uns sons, como se ressonasse, passando a ideia de que está a dormir.”

“Os benefícios mais interessantes deste robô é tornar as crianças mais activas. O simples facto de fazer as crianças sorrir e brincar é uma coisa fantástica”, refere João Sequeira.

O investigador afirma o desejo de manter o Gasparzinho no IPO de Lisboa durante mais algum tempo. “Ter um robô no IPO tem um conjunto de custos elevado, mas neste momento estamos preocupados em arranjar um suporte para o poder manter durante mais tempo, pois pouco mais de ano e meio ainda é pouco tempo para percebermos o verdadeiro impacto deste robô no bem-estar das crianças do IPO.”

Saiba mais sobre o investigador em: LinkedInResearchGate | ISR-IST

Scroll to top