Estas películas são feitas através de resíduos de cascas de camarão e de crustáceos.
Paula Ferreira, investigadora do CICECO – Instituto de materiais de Aveiro da Universidade de Aveiro (UA), está a desenvolver películas capazes de produzir cargas elétricas para estimular os músculos de pacientes com dificuldades motoras.
Com início em 2017, o objetivo desta investigação foi recuperar um polímero que existe nas cascas de camarão e de crustáceos que se chama quitina. A quitina pode ser convertida em quitosana e servir de base para o desenvolvimento de películas plásticas.
Nesta investigação estas películas estão a ser usadas juntamente com partículas piezoelétricas para criar um material que possa ser colocado sobre a pele e, através de um estímulo mecânico, produzir pequenas cargas que possam ser usadas para estimular os músculos.
Este material pode ser usado, por exemplo, para o tratamento de pessoas que sofram uma pequena paralisia. Ao estimular os músculos desta maneira, estas películas vão evitar que a pessoa perca a sua capacidade motora e fique com limitações de movimento.
“Neste momento temos alguns materiais que estão desenvolvidos e estamos já a testar a capacidade de resposta do material e a sua aplicação, para perceber se conseguimos realmente produzir o estímulo elétrico que queremos”, revela.
A equipa de Paula Ferreira encontra-se atualmente a colaborar com investigadores da Universidade de Tampere, na Finlândia, com o objetivo de avançar brevemente para estudos deste material em pacientes.
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