eng. materiais,
90 seg

Ep. 1757 Rita Pires – Investigação desenvolve estratégia para melhorar o processo de hemodiálise

April 02, 2024

Estão a ser testados compostos capazes de remover toxinas com afinidade para proteínas do sangue.


Rita Pires, investigadora no Centro de Física e Engenharia de Materiais Avançados (CeFEMA) do Instituto Superior Técnico (IST), está a desenvolver novas estratégias para melhorar o processo de hemodiálise.

Os doentes que sofrem de doenças renais crónicas têm que passar pelo processo de hemodiálise para remover as toxinas que se vão acumulando no seu sistema porque os rins deixaram de funcionar e de fazer essa função.

Mas embora o processo de hemodiálise seja capaz de remover muitas das toxinas que circulam no nosso sangue, existe um grupo específico de toxinas que tem uma grande afinidade para proteínas essenciais para o nosso corpo.

Isto significa que se removermos essas toxinas durante o processo de hemodiálise corremos também o risco de remover as proteínas a que elas estão ligadas. Por esse motivo, os sistemas de hemodiálise convencionais estão desenhados para evitar a remoção dessas toxinas.

Este trabalho tem assim como objetivo desenvolver uma estratégia que promova a quebra de ligação entre a proteína e a toxina, para que as toxinas possam ser removidas facilmente quando circulam sozinhas no sangue.

Para tal, a equipa de Rita Pires está à procura de um composto que tenha mais afinidade para estas toxinas e que seja capaz de competir com as proteínas do sangue. A ideia é que as toxinas se liguem a este composto para depois serem removidas de circulação durante o processo de hemodiálise.

A estratégia passa por incorporar este composto em membranas poliméricas para que quando o sangue passe pela sua superfície as toxinas detetem este composto e liguem-se a ele, quebrando a ligação que tinham às proteínas do sangue e promovendo a remoção destas toxinas do sistema circulatório do paciente.

Esta técnica irá permitir reduzir a acumulação destas toxinas no corpo humano e diminuir os seus efeitos secundários.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CeFEMA

Scroll to top