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Ep. 1012 José Orlando Pereira – App STAYAWAY COVID permite rastrear contactos de risco para COVID-19

January 26, 2021

ep1012_interiorEsta aplicação usa bluetooth para rastrear de forma anónima e segura possíveis contactos de risco para a COVID-19.​


José Orlando Pereira, investigador no INESC TEC e professor na Universidade do Minho (UM), desenvolveu a aplicação STAYAWAY COVID, uma aplicação que tem como objetivo ajudar no rastreio de contactos de cidadãos infetados com COVID-19.

A ideia por trás do desenvolvimento desta aplicação foi fornecer ao cidadão comum e às autoridades de saúde uma ferramenta capaz de rastrear os contactos de cada pessoa infetada, com o objetivo de identificar preventivamente casos de contágio e assim contribuir para o controlo da pandemia.

Esta aplicação usa a tecnologia bluetooth para enviar um código aleatório e anónimo para os telemóveis que se encontrem na sua proximidade durante um intervalo de dez minutos. A aplicação não regista qualquer informação sobre a identidade ou a localização do utilizador, ou das pessoas com quem ele entra em contacto.

Estes números aleatórios são guardados na base de dados da aplicação e apenas podem ser desbloqueados através de um código atribuído por um profissional de saúde. Este código é fornecido ao utilizador após este receber um teste positivo para a COVID-19.

Ao introduzir o código na aplicação esta vai publicar na rede todos os códigos aleatórios que produziu. Todas as pessoas que estiveram em contacto com esse utilizador vão receber um alerta de contacto de risco, devendo de seguida contactar as autoridades de saúde através da linha Saúde 24.

“Imagine que estão duas pessoas a conversar durante um período de tempo. Ambos têm o telemóvel consigo e têm essa aplicação instalada. O que vai acontecer é que ambos os nossos telemóveis durante esse período vão estar a gerar números aleatórios e durante um período de alguns minutos vão difundir os seus números utilizando Bluetooth. Quando eles se separam, nenhum dos telemóveis tem informação sobre o outro, apenas registou esses números que são números que foram inventados naquele momento. De 10 em 10 minutos nós mudamos os números e estamos a difundir números diferentes”, explica.

Se, dias mais tarde, uma destas pessoas fizer um teste para COVID-19 e for diagnosticado com a doença, ele poderá inserir um código na aplicação que lhe será atribuído por um profissional de saúde. Este código vai então publicar os número que foram difundidos nos 14 dias anteriores ao diagnóstico.

“Se o meu telemóvel encontrar esses números entre aqueles que registou saberei que estive na proximidade dessa pessoa e que tive um contacto de risco. Nessa situação a aplicação vai-me avisar que ocorreu esse contacto e, se necessário, deverei então contactar o serviço de saúde ou o meu médico de família”, reforça.

Esta aplicação foi desenvolvida com o apoio da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Centro Nacional de Cibersegurança, NOS e Wavecom.

Saiba mais sobre o investigador em: INESC TEC | HASLab

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