Este estudo teve como objetivo avaliar os determinantes sociais, culturais, económicos e familiares da atividade física em crianças e da prevalência de obesidade.
Daniela Rodrigues, investigadora no CIAS – Centro de Investigação em Antropologia e Saúde na Universidade de Coimbra (UC), avaliou o peso e o estado nutricional de crianças do ensino básico de escolas públicas do concelho da Figueira da Foz.
“Recolhemos dados em crianças e pais e este estudo em particular tinha como objetivo comparar o peso real das crianças, o seu estado nutricional, o excesso de peso e a obesidade, com a classificação que os pais tinham do peso dos filhos. Além desta comparação quisemos perceber se esta perceção ou se a classificação do peso tinha algum impacto na prevalência de obesidade das crianças. Se era um fator determinante”, revela.
Um dos principais resultados deste estudo revelou que 1 em cada 3 pais tem uma má perceção do peso dos filhos.
“Isto era mais visível em crianças com excesso de peso e obesidade, ou seja pais com crianças com excesso de peso subestimavam o peso, diziam que tinham peso normal, e com obesidade diziam que tinham excesso de peso”, revela.
Segundo Daniela Rodrigues, esta subestimação era mais elevada em famílias com menor estatuto socioeconómico.
“Observámos também que os pais que tinham uma má perceção do peso tinham entre 10 a 20% mais probabilidade de ter crianças com excesso de peso e obesidade”, revela.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | CIAS
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