Este projeto está a avaliar o uso da telemonitorização para promover a adesão terapêutica de pacientes com insuficiência cardíaca.
Emília Moreira, investigadora no CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), está a desenvolver o projeto AdHeart, uma iniciativa que pretende estudar os benefícios da telemonitorização não invasiva na adesão terapêutica destes doentes.
Este projeto foca-se precisamente na análise dos aspetos ligados à adesão, à utilização, à usabilidade, e à perceção do benefício dos sistemas de telemonitorização em doentes com insuficiência cardíaca.
Até ao momento, foram realizados dois ensaios deste sistema. No primeiro, com uma amostra pequena de doentes, a percentagem de usabilidade atingiu os 97%.
“Isto quer dizer que durante os três meses do ensaio, as pessoas usaram o sistema quase todos os dias. Agora estamos a estudar uma amostra maior com 46 pessoas no início. No entanto, algumas a certa altura tiveram que desistir do projeto”, acrescenta.
Esta última coorte de pacientes ainda está a ser analisada, contudo, Emília Amoreira adiantou que de uma maneira global a percentagem de adesão tem sido superior a 85%, e que os participantes consideram este sistema útil para cuidar da sua saúde.
“Não é um sistema terapêutico, ou seja não é algo que vai ajudar a melhorar a insuficiência cardíaca, mas é algo que lhes permite ter um maior sentido de segurança e de controlo”, reforça.
Embora este sistema tenha inicialmente sido desenvolvido para detetar de formar precoce sinais de congestão, os resultados preliminares demonstraram que as pessoas usavam este sistema para promover a sua própria adesão terapêutica e a autogestão da doença.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CINTESIS
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