Tendo como estudo de caso a crise financeira de 2008, este projeto tem como objetivo estudar o impacto da crise no nascimento, morte e crescimento de empresas.
Carlos Carreira, investigador no Centro de Investigação em Economia e Gestão (CEBER) e professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), está a desenvolver o projeto ‘ENtRY – Is EcoNomic RecoverY a myth?’, uma iniciativa que visa estudar o impacto da dinâmica empresarial na economia e os efeitos dessa dinâmica no crescimento da produtividade.
A crise financeira internacional de 2008, que foi seguida da crise dos défices públicos a nível europeu, foi um fenómeno prolongado e bastante disruptivo a nível económico. O objetivo deste projeto é estudar os efeitos da dinâmica empresarial, o nascimento, morte e crescimento de empresas, nos momentos mais críticos para a economia.
“O que nós observamos é que as empresas mais dinâmicas, aqueles que inovam mais, são também as empresas que têm mais necessidades financeiras. Num momento de crise disruptiva em que há um forte aperto na restrição de acesso a financiamento por parte das empresas, corremos o risco de fazer um processo de seleção adverso, isto é de selecionar não as melhores empresas, que são aquelas mais inovadoras, mas sim aquelas que não têm tantas necessidades de financiamento, mas que têm menos potencial de crescimento do ponto de vista futuro”, explica.
Esta conjuntura faz com que as empresas que estão mais aptas para promover a recuperação económica e criar mais emprego, acabem por ser aquelas que são as mais prejudicadas pela restrição de financiamento que ocorre durante um período de crise económica.
Carlos Carreira espera que este projeto permita identificar medidas que evitem que as empresas com maior potencial de crescimento não sejam tão prejudicas perante um cenário de crise como o que teve lugar em 2008.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | Google Scholar | UC
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