A pandemia de COVID-19 levou as empresas a adotar o teletrabalho. Este estudo procurou avaliar como diferentes dinâmicas de gestão de equipas virtuais afetaram o desempenho dos trabalhadores durante o confinamento.
Patrícia Costa, professora auxiliar no ISCTE-IUL e coordenadora do Grupo de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional da Business Research Unit (BRU), dedica a sua investigação ao estudo das dinâmicas de gestão de equipas de trabalho virtuais, e ao impacto do teletrabalho no desempenho destas equipas.
“Temos vindo a estudar sobretudo como é que estas equipas não só conseguem ter um bom desempenho quando estão a trabalhar separadamente mas também como é que mantêm a união entre as pessoas, a identidade de equipa e a ideia de que estão juntos, que são um grupo, e que estão a trabalhar”, conta.
Durante o primeiro confinamento, entre Março e Abril de 2020, a equipa de Patrícia Costa realizou inquéritos tanto na Europa como na América do Norte com o objetivo de perceber se diferentes equipas em teletrabalho conseguiram manter o mesmo nível de desempenho e de interacção entre os seus membros.
Patrícia Costa procurou saber que fatores subjectivos mais influenciavam o desempenho das equipas. Desde as condições e características do trabalho, ao nível de autonomia, gestão de horários, e apoio dado pelas organizações, até aos diferentes graus de interdependência que as pessoas têm umas com as outras.
Os resultados deste estudo demonstraram que o aspeto mais diferenciador entre as equipas foi o grau de interdependência e a capacidade de criar tarefas que obriguem os membros da equipa a comunicar uns com os outros, seja para coordenar objetivos, para trocar ou para discutir ideias.
“Umas fizeram mais, outras menos. As que fizeram mais foram aquelas que em termos emocionais e em termos de vida de equipa tiveram os melhores resultados”, revela.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | ISCTE-IUL
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