Os resultados demonstram que os funcionários de câmaras municipais não vêem com bons olhos o uso de táxis aéreos como sistema de mobilidade.
Sofia Kalakou, professora no ISCTE-IUL e investigadora na Business Research Unit (BRU), realizou um inquérito a mais de mil funcionários de câmaras municipais de cidades europeias para perceber o quão preparadas elas estão para os drones e os táxis aéreos.
“Hoje as cidades têm muitas tecnologias disponíveis para o funcionamento do seu dia-a-dia e para a oferta de serviços de mobilidade para o cidadão. Um caso particular são os drones e os táxis aéreos que poderão ser usados para transportar artigos e pessoas em médias distâncias, e também para patrulhar as cidades e identificar a ocorrência de acidentes”, conta.
Neste contexto, a equipa de Sofia Kalakou decidiu entrevistar 48 funcionários de diferentes municípios europeus com o objetivo de identificar como as cidades gostariam de utilizar os drones e os táxis áreas e o quão preparadas elas estão para explorar esta tecnologia.
Com estas entrevistas foi possível concluir que existe um grande interesse em usar os drones para dar resposta em situações de emergência e no controlo da poluição atmosférica, mas pouco interesse no seu uso como sistema de mobilidade.
Através de um inquérito a mil funcionários de câmaras municipais espalhadas pela Europa, foi também possível identificar que existe uma forte necessidade de dar formação em aspectos de segurança e análise de dados recolhidos por drones, e na criação de um ecossistema que inclua cidadãos e outras entidades do setor público.
Com base nestes resultados está a ser preparado um programa de formação para equipar as autoridades locais no uso responsável de drones na cidade, respeitando os regulamentos de segurança e a qualidade de vida de cidadãos.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | ISCTE