Esta investigadora constrói modelos matemáticos para responder a questões de biologia.
Isabel Laboriau, investigadora na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e no Centro de Matemática da Universidade do Porto (CMUP), usa a matemática para conhecer como as células do sistema nervoso comunicam entre si.
As células do sistema nervoso emitem sinais elétricos que são gerados pelo processo químico dentro da célula, e este processo químico tem uma formulação matemática. Isabel Laboriau usa a matemática para descobrir qual é o processo químico mais simples para produzir esse sinal elétrico.
“Para perceber este processo um biólogo tenta obter informação química diretamente da célula, um processo que é caro e muitas vezes impossível”, conta.
Através de modelos matemáticos Isabel Laboriau tenta entender o que acontece quando duas células enviam sinais uma para a outra.
Esta comunicação pode resultar em vários cenários diferentes. Uma célula pode dominar a outra, as duas podem ficar a fazer o trabalho que uma só fazia, ou podem até sincronizar enviando um sinal comum mas diferente daquele que elas enviavam sozinhas.
“Podem ficar funcionando alternadamente, cada uma com o seu sinal, ou podem até ignorar uma à outra”, reforça.
Para ver como as células comunicam por vezes é necessário desenvolver novas ferramentas matemáticas específicas para um determinado problema.
Com estes modelos Isabel Laboriau consegue ver como funciona uma parte específica da célula mas, como a própria diz, é importante entender as partes para conhecer o todo do funcionamento do sistema nervoso.
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