Esta investigação está a desenvolver métodos sustentáveis de economia circular para a produção de produtos na área da engenharia da saúde.
Joana Curto, professora no Departamento de Química e investigadora na Unidade de Materiais Fibrosos e Tecnologias Ambientais (FibEnTech) da Universidade da Beira Interior (UBI), desenvolve materiais biodegradáveis que possam ser usados no desenvolvimento de fármacos e de tratamentos para a pele com base em fontes renováveis como as fibras de celulose.
A equipa de Joana Curto utiliza biopolímeros de fontes renováveis entre os quais as fibras de celulose à escala micro e nano, que são modificados para formar matrizes em 3 dimensões que servem de base para materiais com aplicação biomédica.
Estas matrizes 3D permitem incorporar moléculas provenientes de extratos de plantas de óleos essenciais com funcionalidades terapêuticas que serão depois libertadas de forma controlada, dando origem a soluções biocompatíveis inovadoras para aplicação na pele, ou para toma oral.
A metodologia utilizada baseia-se no desenvolvimento de protótipos laboratoriais seguida de uma otimização computacional baseado em modelos 3D. Estes modelos são depois testados numa escala piloto e transferidos para o processo industrial.
“A nível do processo a nossa inovação está muitas vezes ligada à procura de soluções mais sustentáveis, como por exemplo no caso da utilização de enzimas adotamos uma filosofia de economia circular em que projetamos o processo tendo em conta a reutilização de solventes, e a sua utilização posterior na integração de novos materiais”, conta.
No caso dos materiais biodegradáveis provenientes da celulose, os açúcares podem ser utilizados para formar novos materiais, para alimentar algas, ou para formar nanocelulose.
Estes produtos são depois integrados na cadeia de produção com o objetivo de dar origem a novos materiais, numa perspectiva de economia circular.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | UBI
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