Estes drones terão como função o mapeamento do local após o acidente, e a deteção em tempo-real de radioatividade.
Alberto Vale, professor no Instituto Superior Técnico (IST) e investigador no Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN), participa no projeto FRIENDS, uma iniciativa que visa desenvolver drones para operar em casos de acidentes nucleares como Chernobyl ou Fukushima.
Estes drones são equipados com receptores GPS, sistemas de mapeamento laser, sensores radiológicos, e algoritmos avançados que permitem a construção de mapas tridimensionais em locais remotos, permitindo a deteção em tempo-real das zonas com maiores níveis de radioactividade.
Para além de acidentes nucleares estes drones poderão também ser usados no combate ao terrorismo e ao tráfico ilícito de material radiológico e nuclear.
“Normalmente quando acontece um acidente nuclear o primeiro pedaço de informação essencial é o mapa do local, pois nós não sabemos exatamente o que vamos encontrar. De seguida, devido à radiação muitas vezes não conseguimos chegar a certos locais e temos que o fazer de forma remota. Os drones surgem assim como uma ferramenta muito útil para rapidamente aceder a estes locais”, explica.
Estes drones poderão ser também usados em missões de busca e salvamento. Após o acidente eles poderão ser usados para identificar se existem pessoas no local, se ainda estão vivas, e como podem ser salvas.
Por fim, os drones irão também realizar um mapeamento radiológico do local, para identificar os maiores focos de radiação que precisem de ser urgentemente resolvidos.
O projeto FRIENDS – Fleet of Drones for Radiological Inspection, Communication and Rescue é financiado no âmbito do programa Portugal 2020.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | ISR | IST
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