Este projeto avaliou a presença de chumbo, zinco, e antimónio, nas poeiras domésticas de habitações na cidade de Estarreja.
Paula Marinho Reis, investigadora no Instituto de Ciências da Terra (ICT) e professora na Universidade do Minho (UM), desenvolveu o projeto InDust com o objetivo de avaliar a exposição humana a elementos potencialmente perigosos em poeiras domésticas recolhidas em residências familiares da cidade de Estarreja.
Estarreja é uma cidade com um vasto complexo industrial dedicado à indústria química. Por este motivo projetos como o InDust procuram avaliar o impacto que a exposição a subprodutos e poluentes desta indústria poderão ter na saúde da população local.
Os resultados demonstraram que no geral as poeiras no interior das habitações em Estarreja têm concentrações mais elevadas numa série de elementos químicos, nomeadamente, o zinco, o chumbo, e o antimónio, quando comparadas com outras cidades a nível mundial.
Estes elementos encontrados no interior das habitações foram sujeitos a ensaios de biodisponibilidade. Estes ensaios determinam se estes elementos podem ou não ser assimilados pelo corpo dos residentes.
Os ensaios demonstraram que o chumbo e o zinco apresentavam níveis elevados de biodisponibilidade, enquanto o antimónio estava pouco biodisponível.
Isto diminui o risco do antimónio presente nas poeiras domésticas ser assimilado pelos moradores.
O objetivo deste estudo passou assim por perceber a qualidade das poeiras presentes no interior das habitações de forma a ajudar as pessoas a desenvolver estratégias que permitam reduzir o seu nível de exposição a estes elementos.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | ICT
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