Um dos objetivos deste projeto é desenvolver microalgas capazes de absorver CO2 proveniente de gases de combustão.
Vítor Gonçalves, professor na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade dos Açores (UAC) e investigador no CIBIO-Açores, está a desenvolver o projeto Microalgae in IT com o objetivo de otimizar o processo de produção de microalgas que possam ser usadas como ração para peixes em aquacultura.
No âmbito do projeto REBECA – Rede de Excelência em Biotecnologia Azul, financiado pelo programa Interreg Macaronésia, foi criado o banco de algas e cianobactérias dos Açores (BACA) com o objetivo de estudar microalgas e cianobactérias isoladas de diversos ambientes insulares terrestres e aquáticos termais desta região.
Até ao momento, esta coleção engloba mais de 800 estirpes de microalgas e cianobactérias endémicas ao arquipélago dos Açores.
Com base nesta coleção e em colaboração com o Instituto de Tecnologia da Universidade de Ciências da Vida da Estónia, e as empresas Power Algae OÜ (Estónia) e Matis, Biotechnology (Islândia), está a ser desenvolvido o projeto Microalgae in IT.
Este projeto visa potenciar as estirpes de microalgas e cianobactérias dos Açores que apresentem tolerância para concentrações elevadas de dióxido de carbono como as que ocorrem naturalmente em fontes termais e vulcânicas deste arquipélago.
A ideia é usar tecnologias de informação para melhorar as condições de cultivo destas microalgas para que elas possam absorver CO2 com origem em gases de combustão.
O objetivo passa por eliminar os contaminantes presentes nestes gases ao longo da cadeia de produção e estabelecer as condições necessárias para obter microalgas e cianobactérias que possam ser incorporadas de forma segura em rações para salmão em aquacultura.
Desta forma será possível reduzir o impacto dos gases de combustão no ambiente e produzir uma ração de qualidade que possa ser comercializada na área da aquacultura.
Saiba mais sobre o investigador em: Google Scholar | Researchgate | CIBIO
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