Este projeto tem como principal objetivo avaliar a qualidade e o estado ambiental das águas marinhas europeias.
Helena Adão, professora no Departamento de Biologia da Universidade de Évora (UÉ) e investigadora no MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, está a desenvolver o projeto D4Ss com o intuito de analisar o estado dos ecossistemas sedimentares no Estuário do Sado e na plataforma continental adjacente.
“Estamos a estudar as cadeias de bentónicas dos sedimentos do Estuário do Sado e da plataforma continental adjacente, e o que trazemos de muito inovador neste projeto é termos introduzido um grupo taxonómico que é menos frequentemente estudado que é o grupo dos meiobentos, organismos que vivem nos interstícios dos sedimentos marinhos estuarinos e em qualquer sedimento aquático, inclusive no gelo”, revela.
Segundo Helena Adão, o Estuário do Sado foi a zona escolhida para este estudo por ser um estuário onde ocorrem diferentes atividades humanas e naturais.
“Por um lado, temos zonas que são reservas naturais, e por outro zonas fortemente modificadas e alteradas pelo Homem. Neste estuário conseguimos encontrar locais que estão muito perturbados e outros menos perturbados com condições tróficas claramente diferentes. Isto vai-nos permitir estudar como estes organismos respondem a diferentes alterações no seu ambiente”, explica.
O projeto D4Ss “Food-web approaches to assess the functional benthic ecosystem interactions for Marine and Coastal management under the Marine Strategy Framework Directive” é financiado por fundos europeus no âmbito do programa Portugal 2020.
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