Estes compostos são derivados da penicilina e estão a ser testados como alternativa aos antibióticos convencionais.
Américo Alves, investigador no Centro de Química da Universidade de Coimbra (CQUC), está a estudar as propriedades antimicrobianas de compostos derivados da penicilina que poderão abrir as portas para uma nova geração de medicamentos.
Estes compostos são chamados de piro-penicilinatos e já demonstraram ter atividade antimicrobiana de largo espetro.
Inicialmente estas moléculas foram estudadas como agentes antivirais tendo mostrado resultados bastante promissores na inibição do VIH1 e do VIH2, assim como de estirpes multirresistentes deste vírus.
Posteriormente, em colaboração com parceiros do Instituto de Medicina Molecular, a equipa de Américo Alves conseguiu também provar que estes compostos eram capazes de inibir a infeção pelo parasita da malária, quer na sua fase hepática, como na fase sanguínea.
Atualmente, Américo Alves está a estudar o mecanismo de ação destes compostos perante outros agentes patogénicos, nomeadamente em vírus respiratórios.
Estes compostos mostraram ter também uma elevada atividade antiviral contra o vírus Influenza e contra o SARS-COV-2.
“Daqui para a frente nós pretendemos arranjar um financiamento para concluir os ensaios pré-clínicos. Todos os resultados que nós temos são in vitro e gostaríamos de avançar para modelos animais para chegar com o produto o mais rapidamente possível ao mercado”, refere.
Nesse sentido foi criada uma startup, a BSL Pharmaceutics, com o propósito de encontrar investidores e financiamento para avançar com os ensaios pré-clínicos desta nova classe de medicamentos.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate