Estas rolhas vão ser produzidas usando um vedante com base em bioplásticos oriundos de uma fonte renovável.
Emanuel Fernandes, investigador no 3B’s – Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos da Universidade do Minho (UM), quer usar resíduos da indústria da cortiça para produzir rolhas de origem sustentável.
“Tradicionalmente a cortiça tem uma grande vantagem já que é o vedante de eleição para soluções etanólicas, nomeadamente para o vinho, e para preservar o vinho. Para além disso a cortiça é extraída da casca do sobreiro sem o danificar”, conta.
Durante o processo de produção de rolhas de cortiça cerca de 30% do material é descartado e aproveitado para fazer as chamadas rolhas aglomeradas que são normalmente usadas para selar garrafas de Champagne ou de Espumante.
As rolhas aglomeradas, como o nome indica, são compostas por grânulos de cortiça que têm de ser colados para formar a rolha. Neste processo são normalmente usadas colas à base de poliuretano.
Este projeto pretende valorizar os aglomerados de cortiça desenvolvendo uma solução de vedante com propriedades adequadas para que a rolha possa estar em contacto com o vinho sem o prejudicar.
Para tal está a ser desenvolvida uma rolha aglomerada de cortiça usando como vedante materiais bioplásticos renováveis e amigos do ambiente que irão substituir o poliuretano.
Este projeto é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional através do programa Compete 2020, e conta com a participação da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e da empresa Cork Supply.
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