Estes materiais poderão dissolver-se naturalmente, não sendo assim necessária uma segunda cirurgia para os remover.
Marta Alves, investigadora no Centro de Química Estrutural (CQE) e docente no Instituto Superior Técnico (IST), está a estudar o uso de técnicas de impressão 3D para desenhar suportes metálicos funcionais que possam ser usados no tratamento de lesões ósseas.
“Existem algumas lesões onde é preciso, por exemplo, pôr um parafuso e mais tarde fazer uma segunda cirurgia para remover esse parafuso. A minha investigação foca-se no estudo de materiais metálicos que tenham a capacidade de suportar as exigências de um osso partido e que possam ser reabsorvidos pelo organismo ao fim de um determinado período de tempo depois do osso já ter regenerado, sem haver a necessidade de fazer uma segunda cirurgia”, conta.
A impressão 3D pode ser usada em metais como o zinco para desenhar uma estrutura porosa que dê suporte, por exemplo, a um osso que tenha sido raspado para remover um tumor.
Nesta situação podia ser colocado um suporte de zinco que iria ajudar o osso a regenerar. À medida que este suporte fosse absorvido pelo osso este poderia libertar um fármaco anticancerígeno para prevenir o desenvolvimento de novas células tumorais.
Este material poderá ser funcionalizado com fármacos anticancerígenos, anti-inflamatórios, ou até mesmo com compostos que possam favorecer o desenvolvimento e a regeneração das células ósseas.
O laboratório de Marta Alves está a estudar como a inclusão destes fármacos irá influenciar a degradação do zinco de forma a identificar qual a melhor formulação para garantir a eficácia deste material não apenas como suporte do osso, mas também na sua função terapêutica.
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