Mesmo no Inverno a radiação solar da capital portuguesa seria suficiente para suprir metade das necessidades energéticas deste veículo.
Miguel Centeno Brito, investigador no Instituto Dom Luiz (IDL) e professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FDUL), está a estudar as necessidades energéticas de veículos solares elétricos em diferentes pontos do globo.
Um veículo solar elétrico é um carro elétrico igual aos outros, cuja única diferença é estar coberto por painéis ou células solares.
Estas células convertem energia solar em eletricidade que pode ser armazenada na bateria, permitindo fazer mais quilómetros sem ter necessidade de ligar o veículo à rede elétrica convencional.
Segundo Miguel Centeno Brito, o grande objetivo do carro solar é triplo. Para além da energia solar ser uma solução mais limpa do que um carregamento normal, esta também tem outras vantagens.
“A primeira é que se eu estiver a carregar ao longo do dia sempre que faz sol, vou ter menor necessidade de carregar o meu carro em casa, no emprego, ou na rua. Assim vou ter maior autonomia, e vou poder fazer mais quilómetros com o mesmo carregamento. Evitando ou reduzindo a frequência com que o tenho de carregar”, explica.
Para um clima como o de Lisboa no Verão será possível usar apenas energia solar, sem ter necessidade de ligar o carro à rede.
Já no Inverno Miguel Centeno Brito estima que metade das distâncias percorridas poderão ser feitas com energia solar, e a outra metade com carregamentos a partir da rede.
“Isto quer dizer que eu vou precisar de carregar menos vezes e por isso o mesmo número de postos de carregamento pode servir o dobro dos carros”, revela.
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