Identificar as zonas onde estas aves se alimentam ajuda os investigadores a perceber o estado de conservação dos ecossistemas oceânicos.
José Pedro Granadeiro, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigador no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), dedica a sua investigação ao estudo da ecologia das aves marinhas oceânicas.
As aves marinhas oceânicas distinguem-se de espécies de aves marinhas costeiras, como as gaivotas, por fazerem grandes viagens oceano adentro sempre muito afastadas das zonas costeiras.
Por esse motivo, estas aves são uma boa fonte de informação sobre a ecologia do mar profundo.
“No fundo utilizamos o facto de elas viajarem muito pelo mar adentro para obter informações acerca de aspetos dos ecossistemas oceânicos que de outra maneira seriam muito difíceis de obter”, explica.
Para obter esta informação a equipa de José Pedro Granadeiro equipa algumas aves com pequenos sensores de GPS que permitem monitorizar e mapear a distância que elas percorrem. Com estes dados é possível identificar quais as zonas em que as aves se concentram, e quais as áreas do oceano onde elas se alimentam.
Muitas vezes, as áreas preferidas pelas aves marinhas oceânicas são zonas que concentram uma grande diversidade de espécies, não apenas de aves, mas também de outros predadores subaquáticos como peixes, tubarões, golfinhos, raias, e mantas.
Esta informação permite assim identificar quais são as zonas mais importantes para a conservação da biodiversidade marinha.
Saiba mais sobre o investigador em: twitter | Researchgate | Google Scholar | FCUL | CESAM
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