Esta técnica de imagem médica emite doses baixas de radiação equivalentes a uma chamada telefónica de cinco minutos.
Raquel Conceição, investigadora no Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB) e professora no Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), está a estudar a aplicação de imagem médica por microondas no diagnóstico do cancro da mama.
“Na minha investigação estudo a imagem médica por microondas, usando ondas eletromagnéticas numa frequência entre os três e os seis gigahertz para aplicação no diagnóstico do cancro da mama”, conta.
Esta técnica permite distinguir os tumores do tecido saudável, recorrendo ao contraste elétrico que existe entre estes tecidos na banda de frequências usadas por esta tecnologia.
Segundo Raquel Conceição, a radiação a que uma pessoa fica exposta com uma imagem médica por microondas é bastante baixa. O equivalente a receber uma chamada telefónica de cinco minutos.
Este tipo de imagem pode ser utilizado para o rastreio do cancro da mama, mas também para a monitorização de uma paciente que esteja a fazer tratamento.
Como a radiação emitida por esta técnica é muito baixa, é possível usá-la de forma regular para monitorizar a evolução do tratamento numa paciente sem que esta sofra quaisquer efeitos nocivos.
Raquel Conceição está neste momento a colaborar com o Hospital da Luz para testar esta tecnologia nas primeiras pacientes a nível nacional.
“Esperamos que este estudo de prova de conceito seja o primeiro passo para que esta tecnologia possa ser uma realidade em ambiente hospitalar a nível nacional”, reforça.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | FCUL | IBEB
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