Esta técnica recorre a um videojogo para ajudar os pacientes a treinar os circuitos neuronais associados com a ansiedade.
Hugo Alexandre Ferreira, professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigador no Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica (IBEB), está a usar interfaces cérebro-computador para ajudar no controlo da ansiedade.
“Do ponto de vista clínico existe hoje em dia uma prevalência muito muito grande de perturbações da ansiedade e da depressão. Com esta ferramenta nós usamos uma interface cérebro-computador e uma técnica de neurofeedback que já é usada na clínica desde a década de 1950 para atuar no contexto do controlo da ansiedade”, conta.
Estes equipamentos são capazes de ler a atividade elétrica cerebral do paciente e de transformá-la em elementos visuais e auditivos num videojogo.
Isto permite que o paciente comece a ganhar consciência sobre os seus processos mentais. Hugo Alexandre Ferreira descreve este processo como aprender a tocar um instrumento.
“Ao longo do tempo, tal como eu vou aprendendo a tocar um instrumento como por exemplo uma guitarra, consigo perceber se estou a tocar bem ou mal, se a nota sai mais ou menos desafinada. Com esta técnica eu consigo começar a tocar nos meus próprios botões mentais e a pensar de determinada maneira”, explica.
Mais concretamente esta técnica consegue ler e treinar a atividade de um circuito cerebral que está relacionado com a modelação da resposta emocional.
Ao aprender como este circuito funciona o paciente pode começar a regular as suas próprias emoções e a tomar melhores decisões e com melhor desempenho.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | IBEB | FCUL
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