Este software permite modelar parcelas de 50 hectares de floresta e está atualmente a ser aplicado na floresta do Vale do Sousa.
Eduardo Eloy, estudante na Universidade de Évora (UÉ), participa no projeto MODFIRE com o objetivo de desenvolver uma ferramenta de gestão que possa ser usada para minimizar o impacto de incêndios florestais.
Com este software é possível modelar uma área florestal e projetar medidas de gestão num horizonte temporal de 50 anos. Desta forma será possível decidir quando cortar as árvores numa determinada parcela garantindo que nunca haja uma área florestal contiguamente cortada superior a 50 hectares.
Para tal, está a ser usado um modelo de programação por restrições de domínio finito que permite modelar cada parcela com base nas diferentes opções disponíveis.
Por exemplo, é possível analisar o impacto que cortar todas as árvores, ou apenas os seus ramos, terá a nível da madeira obtida, da erosão do solo, e do risco de incêndio. Será também possível determinar qual a melhor opção a tomar em cada parcela sem comprometer o limite de 50 hectares de área cortada.
Depois de implementado, este software propõe múltiplas opções que podem ser tomadas em cada parcela de modo a que quando aplicadas em conjunto nunca impliquem uma desflorestação contígua superior a 50 hectares.
“Este modelo está numa fase muito avançada de desenvolvimento e esperamos poder aplicá-lo no terreno no futuro próximo”, revela.
Este projeto tem como alvo de estudo a floresta do Vale do Sousa mas a ideia é que este modelo possa também ser aplicado em outras florestas.
O projeto MODFIRE – Integração do comportamento do fogo no planeamento da gestão florestal com multiobjectivos é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e conta com a participação do Centro de Investigação em Matemática e Aplicações (CIMA), da NOVA LINCS, da Universidade Católica Portuguesa (UCP), do Instituto Politécnico de Leiria, e do Instituto Superior de Agronomia (ISA).
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin
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