Esta parceria é dividida em várias componentes, desde a biomonitorização de substâncias químicas, à análise toxicológica, e à própria avaliação de risco.
Susana Loureiro, professora no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA) e investigadora no CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, participa no projeto PARC com o objetivo de monitorizar e estudar o impacto de diferentes substâncias químicas no ambiente e na saúde humana.
Neste âmbito a equipa de Susana Loureiro está a estudar potenciais disruptores endócrinos, uma gama de substâncias químicas que podem interferir com o sistema hormonal.
Em particular está a ser estudado o Bisfenol A, um composto químico que estava presente em plásticos e cuja sua utilização foi entretanto proibida.
“Nós vamos avaliar a toxicidade e o potencial de disrupção endócrina de vários compostos análogos do Bisfenol A. Vamos avaliá-los não só na sua componente individual ou seja químico a químico, mas também na sua componente de mistura”, conta.
No caso da disrupção endócrina é possível ver que várias substâncias químicas que fazem parte dos plásticos podem comportar-se como aditivos. Ou seja, a toxidade de cada uma destas substâncias é somada e no fim, o efeito conjunto de todas estas componentes é mais forte do que a soma de cada uma.
Isto é um efeito conhecido por sinergismo que pode potenciar a toxidade destas substâncias e aumentar o seu impacto quando estas ocorrem ao mesmo tempo.
A Parceria Europeia Avaliação dos Riscos das Substâncias Químicas (PARC) é financiada no âmbito do programa Horizon Europe.
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