Estes organóides são feitos a partir de células do paciente e permitem identificar quais os medicamentos mais eficazes no tratamento da sua doença.
Margarida Amaral, professora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora no BioISI – Instituto de Biologia de Sistemas e Ciências Integrativas, está a desenvolver pequenos órgãos em laboratório para testar a eficácia de fármacos contra a fibrose quística.
Estes pequenos órgãos, ou organóides, são gerados a partir de biópsias retiradas do intestino de pacientes com fibrose quística. Estas biópsias são ricas num tipo de célula estaminal que tem a capacidade de regenerar quase todas as células do intestino.
“Quando colocadas num meio apropriado e num determinado suporte sólido estas células multiplicam-se e dão origem a organóides que podemos chamar de mini intestinos”, acrescenta.
Estes pequenos organóides são usados como objeto de estudo para testar diferentes fármacos que estão já à disposição dos pacientes com fibrose quística.
Desta forma é possível avaliar a resposta dos fármacos e identificar aqueles que são mais indicados para tratar um determinado paciente, permitindo que este receba um tratamento personalizado.
Este estudo foi iniciado nos Países Baixos, e em Portugal conta já com a participação de 20 pacientes.
“Todos os pacientes passaram a tomar os medicamentos e tiveram já melhorias muito significativas na sua doença”, revela.
A fibrose quística é uma doença genética associada a problemas pulmonares e nutricionais.
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