Este projeto está a estudar espécies como a beldroega, o cardo de porca, ou a chicória espinhosa.
Maria Inês Dias, investigadora no Centro de Investigação de Montanha (CIMO) e professora no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), participa no projeto VALUEFARM com o objetivo de desenvolver protocolos de produção sustentável de plantas comestíveis silvestres.
Estamos a falar de plantas que já têm uma longa História e tradição de consumo mas que existem apenas como plantas silvestres e que têm que ser recolhidas na natureza para consumo.
“Estas plantas têm um grande potencial nutricional, químico e bioativo e o que nós queremos oferecer às pessoas é a oportunidade de poderem ter acesso a estas plantas de uma forma sustentável”, reforça.
Atualmente, estas plantas não são produzidas por métodos agrícolas tradicionais, no entanto este projeto pretende mudar este paradigma, desenvolvendo protocolos agronómicos que ajudem pequenas quintas a produzir estas plantas.
No CIMO está a ser estudado o perfil nutricional, químico e bioativo destas plantas com o objetivo de perceber se elas são fontes de moléculas bioativas como os compostos fenólicos que têm propriedades antioxidantes, antimicrobianas, antinflamatórias, e também anticancerígenas.
Está ainda a ser estudada a possibilidade de incorporar estas plantas em pão.
“O nosso contributo passa também por perceber de que forma podemos ter aqui fontes ricas desses compostos que possam ser usadas para formular novos produtos alimentares, nomeadamente de panificação com extratos destas plantas, ou com farinhas destas plantas”, conta.
O projeto VALUEFARM – VALorization of Mediterranean small-scale FARMs by cropping wild UnExploited species é financiado no âmbito da Parceria para Investigação e Inovação na Área do Mediterrâneo (PRIMA).
Saiba mais sobre a investigadora em: twitter | Linkedin | Researchgate | Google Scholar | CIMO
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