Estão a ser desenvolvidos gémeos digitais de estações de tratamento de águas residuais para monitorizar e otimizar os processos de tratamento da água em tempo-real.
Jorge Santos é doutorado em bioengenharia e co-fundador da Aqua In Silico, uma empresa spinoff da Universidade Nova de Lisboa (UNL) que usa ferramentas de inteligência artificial para otimizar os processos de tratamento de águas residuais.
“A Aqua In Silico foi constituída para trazer para o mercado um conjunto de investigação que tem vindo a ser desenvolvido ao longo de 30 anos focado no tratamento de águas residuais. O que nós fazemos na Aqua In Silico é replicar o funcionamento das estações de tratamento de águas residuais de forma virtual através do desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial e de algoritmos”, explica.
Em particular, esta empresa desenvolve gémeos digitais (digital twins, em inglês) de estações de tratamento de águas residuais (ETARs). Os gémeos digitais são réplicas virtuais das ETARs que simulam ao pormenor o desempenho da estação em tempo-real.
Estas réplicas podem ser usadas para detetar falhas e para otimizar os processos de tratamento. São também uma alternativa ao uso de sensores cuja instalação e manutenção pode apresentar custos consideráveis para a ETAR.
O objetivo é capacitar as ETARs não só a fazer um tratamento eficiente das águas residuais mas também a produzir novos bioprodutos, como os biofertilizantes, e a água residual tratada para fins não potáveis, como o regadio, e para a produção de energia.
“Devido às tensões geopolíticas que temos visto nos últimos anos, os preços dos fertilizantes e da energia têm vindo a aumentar. As ETARs podem ser uma solução alternativa para a produção destes novos bioprodutos”, reforça.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Aqua In Silico
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