Portugal ocupou o terceiro lugar neste estudo atrás da Áustria e a da Alemanha.
Abdul Suleman, professor no ISCTE-IUL e investigador na Business Research Unit (BRU), estudou a autoperceção das competências adquiridas no ensino superior junto de trinta mil graduados de catorze países europeus e do Japão.
Foi aplicada uma análise multivariada de dados num inquérito realizado junto de trinta mil graduados do ensino superior com o objetivo de estudar a sua autoperceção das competências adquiridas ao longo do curso.
Este inquérito foi integrado no projeto REFLEX e consistiu em 19 questões sobre as diversas dimensões das competências adquiridas no ensino superior, respondidas numa escala de um a sete.
“Depois de efetuar a decomposição da amostra deduzimos um instrumento matemático que permitiu atribuir a cada graduado um índice numa escala de 0 a 1, ou seja de 0 a 100%, sobre a sua autoperceção do nível de competências”, explica.
Ao agrupar os graduados por país foi possível verificar que os austríacos, os alemães, e os portugueses, eram aqueles que, por esta ordem, apresentavam índices mais elevados de autoperceção das competências adquiridas no ensino superior.
Dentro do grupo dos países europeus, os franceses aparecem em último lugar, no entanto, no outro extremo, o Japão destaca-se com índices substancialmente mais baixos que aqueles apresentados pelos estudantes europeus.
“Isso poderia querer dizer que, comparativamente aos europeus, os japoneses sentem-se menos preparados após a graduação, mas nós não pensamos assim. Estamos convencidos que estes resultados devem-se a questões culturais, o que levanta questões de caráter metodológico que devem ser investigadas no futuro”, revela.
Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | ISCTE-IUL
Related Episodes
