Estes materiais são biopolímeros compostos por nanofibras de lisozima, uma proteína abundante na clara de ovo.
Carmen Freire, investigadora no Departamento de Química da Universidade de Aveiro (UA) e no CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro, está a desenvolver materiais biopoliméricos para promover a regeneração do miocárdio.
Um dos primeiros trabalhos desenvolvidos no âmbito deste projeto envolve a adição de nanoestruturas de proteína, nomeadamente nanofibras de lisozima, uma proteína abundante na clara de ovo.
Estas nanofibras estão a ser usadas para melhorar as propriedades mecânicas e a atividade antioxidante de emplastros constituídos por gelatina.
Os resultados deste estudo mostraram que estas nanofibras de proteína têm o potencial de melhorar as propriedades destes biomateriais para a regeneração do miocárdio.
A adição destas nanofibras resultou num aumento significativo das propriedades mecânicas e da atividade antioxidante dos materiais, sem prejudicar a sua biocompatibilidade.
No futuro, Carmen Freire espera que as propriedades deste material possam ser estudadas em modelos animais in vivo, para assim validar o potencial desta tecnologia e, mais tarde, avançar para ensaios clínicos em humanos.
Esta investigação está a ser desenvolvida no âmbito de um projeto de doutoramento financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
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