Este projeto está a decorrer no Brasil, no bioma da Caatinga no Vale de São Francisco. Este vale é conhecido por produções de fruta com elevado valor comercial, como a manga, o maracujá, e o melão.
Laura Guimarães, investigadora no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) e professora na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), participa no projeto BEESNESS com o objetivo de estudar o impacto do uso de pesticidas e das alterações climáticas na abelha atlântica.
A equipa do projeto BEESNESS utiliza uma combinação de métodos de ecologia toxicológica ambiental e química, e de sequenciação molecular em larga escala, para avaliar a diversidade das abelhas e as causas do seu declínio, assim como as interações planta-polinizador e a importância do microbioma, a comunidade de microorganismos associados às abelhas, nestes processos.
O objetivo é que a partir destes dados sejam desenhadas práticas agrícolas mais sustentáveis.
Esta equipa tem interesse especial no estudo das abelhas solitárias pois para além de serem as menos estudadas são também as que apresentam maior risco de desaparecem.
“Pretendemos com este projeto contribuir para um maior conhecimento sobre a ecologia, e a sensibilidade à poluição e a outras pressões ambientais, sobre as abelhas melíferas, mas também sobre as abelhas não melíferas, como é o caso das abelhas solitárias”, reforça.
O projeto BEESNESS – Diversidade e dinâmica dos recursos da abelha atlântica em relação ao clima e à carga de pesticidas: dados para a gestão da polinização e da agricultura sustentável é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e conta com a participação da Universidade de Cardiff no País de Gales, e com várias universidades brasileiras.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CIIMAR
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