As adegas precisam de ser desinfetadas com alguma regularidade para preservar a qualidade do vinho e garantir a segurança alimentar da sua produção.
Ana Sampaio, professora no Departamento de Biologia e Ambiente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e investigadora no CITAB – Centro de Investigação e Tecnologias Agro-ambientais e Biológicas, participa num projeto que pretende desenvolver um robô para melhorar o processo de desinfeção das adegas.
“As adegas têm um grande aporte de microorganismos de várias origens, seja da parte das uvas, do engaço, das próprias pessoas, ou até de alguns animais. É assim necessário desinfetar as superfícies dessas adegas de modo a preservar quer a qualidade do vinho, como a segurança alimentar”, explica.
No entanto, os procedimentos de desinfeção convencionais exigem um consumo elevado de água e de substâncias químicas que podem gerar problemas no tratamento dos efluentes da indústria vitivinícola.
Uma forma de resolver este problema é utilizando radiação UV na gama C para desinfetar as superfícies das adegas.
Neste projeto está a ser desenvolvido um robô que irá usar essa tecnologia para irradiar as superfícies da adega, eliminando assim os microorganismos indesejáveis.
Ana Sampaio, espera que este projeto contribua para reduzir o impacto ambiental, tornando o processo de desinfecção das adegas mais ecoeficiente.
Este estudo está também interessado em colher amostras de adegas em diferentes regiões do país, com o objetivo de conhecer as comunidades de microorganismos que ocorrem em adegas localizadas em diferentes áreas geográficas.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | UTAD | CITAB