A dor pélvica crónica é uma dor difícil de diagnosticar e de tratar que tem por base diferentes patologias.
Joana Ferreira Gomes, professora na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e investigadora no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, está a estudar a dor pélvica crónica com o objetivo de melhorar o seu diagnóstico e de definir tratamentos personalizados para cada paciente.
Neste estudo foram analisadas duas patologias, a endometriose e a síndrome dolorosa vesical/cistite intersticial, cujo nome comum é a síndrome da bexiga dolorosa, com o objetivo de perceber quais eram os perfis de disfunção das vias sensitivas destas doentes.
Os resultados mostraram que doentes com a mesma condição têm alterações neurofisiológicas diferentes.
Isto significa que estas doentes apesar de terem o mesmo diagnóstico vão ter sintomas diferentes pois têm vias dolorosas diferentes ativadas.
As estratégias terapêuticas devem ter em consideração estes resultados, pois os mesmos indicam que a mesma estratégia terapêutica pode não ser eficaz para o mesmo subgrupo de pacientes.
Assim, se for possível prever a resposta de cada subgrupo a diferentes tipos de tratamento, vai ser possível saber a que grupo cada paciente pertence e atribuir-lhe um tratamento personalizado.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | FMUP