A computação quântica tem como objetivo aplicar propriedades da mecânica quântica na ciência da computação.
Rui Soares Barbosa, investigador no grupo de Computação Quântica e Ótica Linear do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), participa no projeto FoQaCIA com o objetivo de estudar a computação quântica e de promover o desenvolvimento de novas aplicações com base nesta tecnologia.
A computação quântica pode ter diversas aplicações, como a otimização de processos, a resolução de problemas combinatórios, ou a simulação de sistemas complexos com múltiplas variáveis.
A principal diferença entre a computação quântica e a computação clássica é que enquanto a computação clássica tem como unidade básica o bit, que apenas pode ter dois estados, 0 ou 1, a computação quântica usa o qubit (bit quântico). O qubit usa as propriedades da mecânica quântica e pode estar ao mesmo tempo em dois ou mais estados distintos.
As propriedades do qubit permitem que um computador quântico processe informação de forma mais rápida, podendo, por exemplo, simular sistemas complexos com múltiplas variáveis numa questão de minutos enquanto um computador clássico precisaria de horas ou até mesmo de dias para processar o mesmo volume de informação.
O projeto FoQaCIA pretende estudar os fundamentos da vantagem computacional quântica e perceber quais os aspetos da mecânica quântica e das leis a que estes sistemas obedecem que podem ser usados como recursos para obter vantagens computacionais em relação aos computadores clássicos.
A ideia final deste projeto é que esta maior compreensão dos sistemas quânticos e daquilo que é possível fazer com eles possa ajudar a guiar o desenvolvimento de algoritmos quânticos para novas aplicações, assim como para perceber quais os limites da possibilidade de simular computadores quânticos com recurso a computação clássica, e também tentar compreender o que está para além desses limites.
O projeto FoQaCIA – Foundations of Quantum Computational Advantage é financiado pelo programa Horizon Europe e conta com parceiros do Canadá, de Espanha, da Polónia, do Reino Unido, e da Suécia.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | INL
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