Estão a ser desenhados ambientes virtuais que complementam a imagem com estímulos auditivos e vibrações.
João Guerreiro, professor no Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigador no LASIGE, quer tornar a realidade virtual acessível para pessoas cegas e com deficiências visuais.
“A minha investigação centra-se muito na interação humano-máquina. Na minha investigação, tento perceber formas de tornar a interação com tecnologias comuns e tecnologias que estão a aparecer, como é o caso da realidade virtual, acessíveis a pessoas cegas”, conta.
Os ambientes virtuais e a realidade virtual são quase sempre desenvolvidos com uma componente visual predominante sendo necessário o retorno visual para conseguir interagir com estas tecnologias em diferentes contextos de entretenimento, sociais, e de trabalho.
Isto acaba por excluir ou por criar experiências muito pobres para pessoas com deficiências visuais e para pessoas cegas em particular.
O foco desta investigação passa assim por encontrar representações alternativas à representação visual para que pessoas cegas consigam também participar nestas experiências e usar estas aplicações.
Estas representações alternativas baseiam-se em ter diferentes formas de apresentar informação visual, seja através de áudio, ou de forma háptica através de vibrações, por exemplo.
O objetivo é conseguir substituir ou complementar o retorno visual por outras modalidades de retorno sensorial.
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