O intuito deste documentário é dar a conhecer o contexto e o impacto da resistência armada durante o período do Estado Novo.
Raquel da Silva, professora na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e investigadora no Centro de Estudos Internacionais (CEI) do ISCTE-IUL, está a desenvolver o projeto MEMORALU, uma iniciativa que tem como objetivo produzir um documentário sobre a luta armada contra a ditadura em Portugal.
Este documentário foca-se em três organizações, a Liga de Unidade e Ação Revolucionária (LUAR), a Ação Revolucionária Armada (ARA), e as Brigadas Revolucionárias (BR), e está dividido em quatro capítulos.
O primeiro capítulo começa com a Revolução dos Cravos e com o simbolismo que o próprio cravo representa para a memória do 25 de Abril de 1974. No segundo capítulo somos transportados para a decida de 1960 e para os desastres naturais que ocorreram durante esse período, como o terramoto de 1969, e a erupção do vulcão dos Capelinhos.
Segundo Raquel da Silva, a ideia neste segundo capítulo é traçar um paralelismo entre o intensificar da luta contra o regime de Salazar, e as ações de uma natureza que quase parece gritar por liberdade.
No terceiro capítulo é dado destaque à luta armada em si, e às acções da LUAR, da ARA, e das BR, até ao 25 de Abril. E, por fim, no quarto capítulo regressamos para o presente onde haverá um olhar retrospetivo.
“Neste último capítulo queremos questionar como nestes 50 anos depois da luta armada, depois da revolução, depois destas coisas todas, em que estado é que nós nos encontramos. Este não é um documentário só sobre o passado, é também um documentário acerca de como o passado fala com o presente”, revela.
O projeto MEMORALU – Memórias da Resistência: A luta armada contra a ditadura em Portugal é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Saiba mais sobre a investigadora em: ISCTE-IUL
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