A poluição luminosa tem fortes impactos na saúde dos ecossistemas.
Fernando Bento, investigador no Centro de Investigação em Sistemas Eletromecatrónicos (CISE) e professor na Universidade da Beira Interior (UBI), está a desenvolver soluções para reduzir a poluição luminosa na Serra da Estrela.
Através de análise de dados recolhidos a partir de imagens de satélite constatou-se que existem focos de poluição luminosa muito relevantes na região da Serra da Estrela e na sua envolvente. Essa poluição luminosa contribui, inclusive, para a degradação da biodiversidade desta região.
Por um lado, os insetos notívagos acabam por ver a sua integridade física comprometida. Estes insetos são um importante vetor para a polinização das plantas locais e o seu declínio contribui para a degradação da flora desta região.
Para outro lado, a poluição luminosa tem também impacto no astroturismo e em outras atividades ao ar livre.
Para contribuir para a redução da poluição luminosa na região, este projeto procura desenvolver sistemas de iluminação artificial inteligentes, suportados em tecnologias da internet das coisas, (IoT, do inglês Internet of Things) que são capazes de controlar um conjunto de características da luz, como a intensidade, a duração, e a cor.
Estão a ser preparados dois mostradores que serão instalados em ambiente urbano, na cidade da Guarda, e no meio rural, em Valhelhas.
Estes mostradores permitem ativar a iluminação da rua apenas quando circulam pedestres ou veículos, e ajustar a sua cor e a sua intensidade mediante as características do meio.
O SmartEcoLighting – Promoção da proteção e preservação da biodiversidade reduzindo a poluição luminosa é apoiado pelo Programa Promove da Fundação “la Caixa”, em colaboração com o BPI e com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Este projeto é liderado pelo CISE em parceria com a Associação Geopark Estrela e o Município da Guarda.
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