Esta tinta pode ser recuperada e reutilizada após a aplicação.
Manuel Reis Carneiro, investigador no Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra (UC), desenvolveu uma tinta eletrónica esticável à base de água que pode ser usada em aplicações médicas.
“No âmbito do programa CMU Portugal, e como parte do meu doutoramento, desenvolvi uma tinta eletrónica esticável à base de água, que contém algumas partículas metálicas e metal líquido, e que tem a grande vantagem de ser amiga do ambiente”, explica
Ao contrário das tintas condutoras convencionais, esta tinta, ao ser baseada em água, não tem impacto no ambiente, porque não usa solventes orgânicos que são nocivos para os organismos vivos.
Outra grande vantagem desta tinta é que ela pode ser reciclada através de um método simples. Basta colocar os circuitos eletrónicos em álcool para separar os componentes eletrónicos da tinta. Estes podem depois ser reutilizados e reciclados para fazer novas tintas e novos circuitos eletrónicos.
Esta tinta foi primeiro testada em aplicações médicas, mais em concreto, foram desenvolvidos autocolantes para monitorização de atividade cardíaca, cerebral, e muscular.
Como esta tinta é esticável e flexível, ela adapta-se bem ao corpo humano e permite obter uma melhor qualidade de sinal sem criar desconforto para o paciente.
Foi também testado o uso desta tinta em etiquetas inteligentes para monitorizar a qualidade de produtos.
Esta informação pode ser acedida em tempo real através do smartphone. Estas etiquetas têm também um LED que informa ao utilizador se o produto está bom para consumo ou se há algum risco de contaminação.
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