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Ep. 1936 Daniel Ferreira – Investigação desenvolve estômagos em chip para estudar o cancro gástrico difuso hereditário

January 27, 2025

O cancro gástrico difuso hereditário é uma síndrome rara cujo tratamento leva à remoção precoce do estômago do paciente.


Daniel Ferreira, investigador no grupo Expression Regulation in Cancer do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, está a desenvolver estômagos em chip para estudar o cancro gástrico difuso hereditário.

Esta síndrome predispõe os indivíduos afetados para o desenvolvimento de uma forma particularmente agressiva de cancro, o cancro gástrico difuso, em que a abordagem clínica mais eficaz é a remoção profilática dos órgãos afetados.

Apesar desta ser uma opção curativa que reduz a mortalidade, esta tem comorbilidades associadas que afetam os pacientes ao longo de toda a sua vida.

O problema é que como estes pacientes removem o seu estômago a partir do momento que fazem 18 anos, não é possível estudar como esta doença evolui ao longo do tempo para identificar possíveis marcadores que demonstrem se o paciente irá ou não desenvolver esta doença.

Assim, se for possível criar uma forma de diagnóstico eficaz que permita seguir estes doentes ainda com estômago ao longo da sua vida, procurando um perfil que demonstre o início de doença, será possível reencaminhar apenas esses doentes para a remoção profilática do estômago.

Pelo contrário, se essa pessoa não apresentar um perfil de risco, ela poderá ser seguida pelos métodos convencionais e viver toda a sua vida sem remover o estômago.

É aqui que entra o estômago em chip. A ideia é usar este instrumento para estudar os mecanismos que levam ao desenvolvimento desta doença e encontrar uma forma de diagnóstico precoce que seja eficaz e que possa, a longo prazo, beneficiar os doentes afetados por esta síndrome.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | i3S

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