A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira na população adulta em idade ativa nos países desenvolvidos.
Sandra Tenreiro, investigadora na Nova Medical School (NMS), está a desenvolver modelos de retina em laboratório que podem ser usados para estudar os mecanismos moleculares que levam ao desenvolvimento da retinopatia diabética.
Nas fases mais avançadas desta doença são formados novos vasos sanguíneos que acabam por comprometer a função da retina e, actualmente, apenas existe tratamento para estas fases avançadas.
O problema é que esta doença demora vários anos a evoluir e ainda não existe tratamento para as fases mais precoces.
O laboratório de Sandra Tenreiro desenvolveu recentemente um modelo de organóides que funcionam como mini retinas numa placa de petri.
Nestas mini retinas é possível reproduzir várias características das fases iniciais da retinopatia diabética, nomeadamente, a neurodegeneração de populações específicas da neuroretina e também a sua inflamação.
Este modelo foi recentemente submetido para pedido de uma patente europeia e a ideia no futuro é explorar o uso deste modelo para perceber os mecanismos moleculares da doença nas suas fases iniciais mas também para procurar novas terapias que permitam proteger a retina da neurodegeneração e da inflamação.
Sandra Tenreiro espera que este modelo contribua para que seja possível no futuro fazer um tratamento desta doença numa fase inicial, evitando assim a progressão para as fases que são mais agressivas e que levam à perda de visão.
Saiba mais sobre a investigadora em: twitter | Linkedin | Researchgate | Google Scholar | NMS
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