O escalo-do-sado é um pequeno peixe de água doce com menos de 10 centímetros de comprimento, que vive exclusivamente nos rios e ribeiras do Sado.
Sofia Mendes, doutoranda no CE3C – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), participou na caracterização e descoberta de uma nova espécie de peixe na bacia do Sado: o escalo-do-sado.
Esta descoberta veio no seguimento de estudos sobre a fauna de peixes no Sado que permitiram identificar que a população de escalos-do-sado era geneticamente muito diferente das restantes.
No entanto, para declarar o escalo-do-sado como uma nova espécie era necessário complementar a informação genética com uma caracterização morfológica.
Foi precisamente isso que Sofia Mendes fez neste trabalho.
Uma caracterização morfológica visa encontrar as diferenças entre diferentes espécies. No caso dos peixes, as diferenças podem ocorrer ao nível do número de escamas, das dimensões das barbatanas face ao tamanho do corpo, ou até mesmo ano nível da estrutura dos ossos. Em particular, nos peixes usa-se muito a maxila e os ossos pré-orbitais.
Uma espécie apresenta um conjunto de caracteres morfológicos que são próprios dela e que só ela é que os tem.
“O que fizemos neste trabalho foi caracterizar morfologicamente os escalos-do-sado para perceber as diferenças em relação aos escalos de outras bacias hidrográficas, como por exemplo do Tejo ou do Guadiana. Isto permitiu-nos, juntamente com a caracterização genética, fazer a descrição desta nova espécie”, conta.
Saiba mais sobre a investigadora em: FCUL | CE3C
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