Este estudo está a olhar para a diversidade de um tipo de anticorpos, os IgA, no sistema imunitário do coelho, com o objetivo de avaliar a sua utilização no desenvolvimento de novas terapias contra a meningite e a pneumonia.
Ana Pinheiro, investigadora no CIBIO-InBIO, está a desenvolver o projeto Rabbit IgA com o objetivo de estudar a diversidade genética destes anticorpos.
“Todos os mamíferos têm anticorpos, são aquelas moléculas com o formato típico de Y e que nos defendem de agressões de agentes patogénicos, bactérias, vírus e outros agentes que nos querem causar doenças. O coelho tem um sistema imunitário muito diferente do nosso. Os anticorpos A, os IgA são muito engraçados porque ao contrário da maioria dos mamíferos que têm só uma variedade, os coelhos têm 14”, explica.
O projecto Rabbit IgA pretende assim estudar a diversidade destes anticorpos de forma a avaliar a real diversidade genética das IgA de coelho para tentar verificar se estas podem ser usadas em terapêutica humana.
“Neste momento estamos numa fase muito embrionária do projecto mas sabemos desde já que há vários agentes patogénicos humanos que atacam as IgA humanas e portanto queremos no futuro avaliar os ataques das bactérias que causam meningite e pneumonia nos humanos e verificar se essas bactérias conseguem também atacar e destruir as IgA de coelho ou se pelo contrário, se as IgA de coelho são resistentes a estes ataques destes patogénicos”, revela.
Se os resultados deste estudo forem positivos as IgA de coelho podem apresentar-se como uma alternativa terapêutica no combate contra a meningite e a pneumonia.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | CIBIO-InBIO
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