Esta descoberta poderá ser influente no desenvolvimento de novas baterias.
Filipe Figueiredo, investigador no CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro e no Departamento de Física da Universidade de Aveiro (UA), está a estudar a difusão das moléculas de águas em nanatubos.
Os nanotubos estudados neste trabalho têm um nanómetro de diâmetro, ou seja, são cerca de 100 mil vezes mais pequenos que um fio de cabelo.
De acordo com o que se sabia até agora, era esperado que o fluxo das moléculas de água por um nanotubo fosse do tipo laminar, por oposição a um fluxo desordenado das moléculas de água, designado por turbulento, como o que ocorre em tubos de maior dimensão.
No entanto, a equipa de Filipe Figueiredo conseguiu demonstrar pela primeira vez a existência de fluxos turbulentos no interior de nanotubos de origem biológica.
Isto permite um olhar diferente para os fenómenos de transporte nas mais diferentes situações em que a nanofluídica esteja envolvida, o que pode abrir portas para o desenho de novas aplicações.
Em particular, esta equipa está interessada em olhar para estas nanoestruturas de origem biológica como materiais alternativos para o desenvolvimento de sistemas eletroquímicos de conversão de energia em baterias.
Estes nanotubos podem funcionar como armazéns de iões de lítio, de sódio, ou de outros metais, por exemplo.
Para além disso, Filipe Figueiredo está também a estudar o fabrico de nanotubos usando outros solventes que não a água, uma área que ainda não foi explorada.
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