Estes sensores vão permitir identificar a ocorrência de falhas e prevenir o agravamento do estado de saúde dos pacientes.
Mariana Rocha, investigadora no Instituto de Física dos Materiais Avançados, Nanotecnologia e Fotónica (IFIMUP) da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), está a desenvolver sensores para a monitorização de stents cardíacos no âmbito do projeto PYRO4CARDIO.
No tratamento de pacientes com doenças cardiovasculares um procedimento comum é a colocação de um stent na zona obstruída. O stent é um dispositivo tubular que é colocado no interior do vaso sanguíneo para o desobstruir e para garantir a circulação do sangue.
No entanto, os stents apresentam uma falha acima de 30% a longo prazo e para os trocar é necessária uma nova cirurgia o que torna este processo bastante invasivo.
Para colmatar este problema, Mariana Rocha propõe a utilização de um sistema de alta tecnologia que permita monitorizar o stent e alertar para eventuais falhas, nomeadamente, para quando começar a ocorrer uma nova oclusão da artéria.
É aqui que entra o projeto PYRO4CARDIO. A ideia geral é montar um sistema constituído por um coletor de dados e por uma antena que irá transmitir esses dados por via wireless para uma aplicação que estará à disposição dos clínicos e que permita uma monitorização em tempo-real do paciente.
Este sistema ajudará também o próprio paciente a monitorizar ao longo do tempo o que está a ocorrer dentro do seu próprio corpo e a perceber se está a ter sintomas associados a uma eventual falha do stent para que possa agir de forma atempada.
O projeto PYRO4CARDIO – Sensores baseados em piroeletricidade para aplicações cardiovasculares é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | FCUP