Um trabalhador do conhecimento é um trabalhador que é valorizado pela sua capacidade de agir e de transmitir conhecimento para a empresa.
Paulo Pinheiro, professor no Departamento de Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior (UBI) e investigador do NECE – Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais, está a estudar o que leva um trabalhador do conhecimento a entregar o seu conhecimento a uma empresa.
“O que nós procurámos saber foi o que pode motivar um trabalhador do conhecimento a ir mais além. E deparámo-nos com o conceito de espiritualidade. Uma espiritualidade que vai além da religião, dos princípios, e da ética, e que se apresenta como uma forma de estar perante o mundo, perante a sociedade, e perante os outros”, conta.
Tudo isto vai levar a uma sabedoria prática que está definida como “fazer o que é correto”.
“Ora, fazer o que é correto tem muitas facetas. Eu posso fazer o que é correto tecnicamente, mas eu também posso fazer o que é correto não agredindo os outros, não poluindo, não fazendo nada que seja considerado negativo”, explica.
Segundo Paulo Pinheiro, é esta sabedoria prática que se encontra na junção entre a gestão do conhecimento e a espiritualidade.
É aqui que o trabalhador se questiona se está disponível para fazer algo mais por se identificar com aquilo que é feito pela empresa ou, caso não se identificar com a empresa, ou se a sua espiritualidade chocar com os princípios desta, ele poderá tentar afastar-se daquilo que a empresa faz e entrar nos chamados “serviços mínimos”.
“Faço apenas o que sou obrigado e quando deixo de ser obrigado, deixo de entregar as minhas capacidades à organização”, reforça.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | UBI
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