Estes materiais poderão ser usados no tratamento de feridas ou de lesões ósseas com recurso a tecnologia de impressão 3D.
Natália Alves, professora e investigadora no 3Bs – Instituto de Investigação em Biomateriais Biodegradáveis e Biomiméticos da Universidade do Minho (UM), está a desenvolver o projeto SHIFT, uma iniciativa que estuda a aplicação de materiais de origem natural nas áreas da engenharia de tecidos e da medicina regenerativa.
O projeto SHIFT é um projeto internacional que pretende desenvolver produtos inovadores e sustentáveis para aplicação na área da engenharia de tecidos e da medicina regenerativa através da colaboração intensiva entre especialistas europeus e asiáticos.
Este consórcio trabalha apenas com materiais de origem natural, como o colagénio, o quitosano, a queratina, e as proteínas da seda.
No 3Bs estão a ser usados materiais com origem marinha, como o colagénio, que pode ser extraído a partir de peles de peixe, e o quitosano, que pode ser encontrado nas cascas de marisco.
A ideia é usar resíduos da indústria alimentar para extrair estes compostos de uma forma mais sustentável.
“Os nossos parceiros asiáticos trabalham com proteínas da seda, como a fibroína, que são extraídas a partir dos desperdícios das indústrias têxteis dos seus países”, acrescenta.
O projeto SHIFT – Shaping Innovative Designs for Sustainable Tissue Engineering Products é financiado pelo programa Horizonte 2020.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | 3Bs
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