Conhecer a idade biológica dos indivíduos é um processo importante para determinar o ritmo de envelhecimento.
José Pedro Castro, investigador no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto e co-fundador da Sociedade Portuguesa de Medicina e Ciência da Longevidade (SPMCL), estuda os mecanismos celulares e moleculares que governam o processo de envelhecimento.
O envelhecimento é o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças crónicas. A isto, acresce o facto do aceleramento da idade biológica parecer ser o principal fator de risco para aumentar a suscetibilidade para estas doenças.
Em particular, José Pedro Castro está interessado nos processos inflamatórios pois todas as doenças crónicas estão associadas a um processo inflamatório que é muito pouco conhecido até à data.
Nesse sentido, o seu laboratório está a usar modelos de aprendizagem máquina chamados de aging clocks que permitem encontrar uma assinatura genética, ou seja, um conjunto de genes, que estão associados à idade biológica.
Quer isto dizer que indivíduos que tenham uma idade biológica acima da sua idade cronológica estão em risco para ter uma mortalidade acrescida e para o desenvolvimento de doenças crónicas.
“Estes aging clocks permitiram-nos revolucionar o estudo do envelhecimento porque não só permitem a curto prazo estimar o resultado de intervenções como por exemplo a prática de exercício físico, a restrição calórica, ou o uso de fármacos, e dar-nos uma estimativa bastante precisa da idade biológica de cada indivíduo”, revela.
Ao conhecer a idade biológica será possível desenhar estratégias adaptadas a cada indivíduo que permitam travar o seu ritmo de envelhecimento e assim reduzir o risco deste vir a desenvolver uma doença crónica.
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