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Ep. 2083 João Mendes – Investigação usa inteligência artificial para prever o risco de cancro da mama

October 01, 2025

Estão a ser usadas imagens de mamografia para identificar em mulheres saudáveis o risco de estas virem a desenvolver cancro da mama.


João Mendes, aluno de doutoramento na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigador no IBEB – Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica e no LASIGE, está a usar inteligência artificial para prever o risco de cancro da mama.

“Aquilo que tentamos fazer é analisar imagens de mamografia saudáveis, portanto, sem nenhuma lesão, e tentar prever com recurso à inteligência artificial se aquela mulher vai ou não desenvolver cancro da mama no futuro e, em caso afirmativo, ao fim de aproximadamente quantos anos é que isso poderá acontecer”, explica.

Isto traz algumas vantagens do ponto de vista clínico, porque se for possível prever com um maior acerto o desenvolvimento da doença, os clínicos vão poder tomar decisões imediatas no seguimento daquela paciente.

Neste estudo foram desenhados dois grupos de mulheres com imagens de mamografia sequenciais ao longo dos anos.

Um dos grupos é composto por mulheres que são seguidas ao longo de vários anos e que nunca vieram a desenvolver a doença, enquanto no outro estão mulheres que foram também seguidas ao longo dos anos, e que foram sendo sempre saudáveis até terem desenvolvido a doença.

A ideia não é olhar para as mamografias onde a lesão provocada pelo cancro da mama já é evidente, mas sim para as imagens que precederam o seu aparecimento.

O objetivo passa por diferenciar os dois tipos de mamografias saudáveis, para que o modelo de inteligência artificial que está a ser desenvolvido possa identificar sinais que permitam determinar o risco de uma mulher saudável vir a desenvolver cancro da mama.

A partir desta informação o modelo vai aprender a diferenciar entre estes dois grupos de mulheres saudáveis e definir parâmetros que vão ajudar os clínicos a fazer o prognóstico de cancro da mama de uma forma mais precoce.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Google Scholar | FCUL | IBEB

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