Este projeto está a desenvolver algoritmos de inteligência artificial explicáveis que possam auxiliar os clínicos a definir o tratamento mais eficaz para cada paciente.
Cátia Pesquita, professora no Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora no LASIGE, participa no projeto KATY com o objetivo de potenciar o uso de técnicas de inteligência artificial em medicina personalizada na área da oncologia.
“Apesar da inteligência artificial já ter demonstrado provas de ser muito útil, por exemplo, para ajudar no diagnóstico, na análise de imagens clínicas, na previsão da probabilidade de reinternamento, ou até na recomendação de qual o melhor medicamento para um certo paciente, a verdade é que estes algoritmos nunca serão integrados na prática clínica enquanto não forem explicáveis”, conta.
Se os clínicos não conseguirem compreender como o algoritmo funciona, nem confirmar a validade científica das suas decisões, eles não terão a confiança necessária para integrar estes sistemas na sua prática clínica.
O projeto KATY está a criar um interface com o qual os clínicos podem interagir para fazer perguntas. Este interface estará integrado com algoritmos de inteligência artificial explicáveis que irão fornecer ao clínico não apenas a resposta à sua pergunta, mas também uma explicação do processo que o algoritmo usou para chegar àquela decisão.
“Vamos pegar num manancial de conhecimento científico estruturado para que este interface possa recomendar qual o medicamento mais adequado para aquele paciente mas também acoplar a essa resposta uma explicação que permita ao clínico confiar na recomendação feita pelo sistema de inteligência artificial”, reforça.
O projeto Knowledge At the Tip of Your fingers: Clinical Knowledge for Humanity (KATY) é financiado no âmbito do programa Horizonte 2020 e reúne parceiros de 20 países europeus.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | FCUL
Related Episodes
