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Ep. 2091 João Abreu e Silva – Teletrabalhadores deslocam-se menos mas fazem mais viagens de carro do que em transportes públicos

October 13, 2025

Este estudo demonstrou também existir uma preferência pela vida nos subúrbios para quem faz teletrabalho.


João Abreu e Silva, investigador no Instituto de Investigação e Inovação em Engenharia Civil para a Sustentabilidade (CERIS) e professor no Instituto Superior Técnico (IST), está a estudar os impactos do teletrabalho na mobilidade urbana.

Este projeto tem como principal objetivo ver os impactos da adoção do teletrabalho na mobilidade das pessoas e nas decisões de relocalização de habitação e de escritórios de empresas de serviços.

“Nós verificámos que o teletrabalho reduz o número de deslocações durante uma semana inteira, ou seja, nós fizemos um inquérito em que perguntámos às pessoas todas as deslocações que fariam durante uma semana. Nesse caso, aquilo que nós verificámos é que os teletrabalhadores deslocam-se menos do que os não teletrabalhadores. E quanto mais teletrabalho fazem, tendencialmente menos se deslocam”, revela

No entanto, segundo João Abreu e Silva existem também alguns efeitos de compensação, ou seja, existe uma transferência de deslocações dos dias em que os trabalhadores estão em teletrabalho para os dias em que não fazem teletrabalho.

Contudo, esta redução reflete-se mais nas deslocações em transporte público do que no automóvel.

Foi também possível verificar que os teletrabalhadores têm uma maior preferência por relocalizarem a sua residência para a periferia.

Embora todos os trabalhadores apresentem uma preferência mais generalizada pelos subúrbios, esta é mais forte no caso de quem faz teletrabalho.

Saiba mais sobre o investigador em: Researchgate | Google Scholar | IST | CERIS

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